Amigos Lembram Elvis Presley(PARTE 2) |
Esta noite, histórias íntimas de uma lenda americana, Elvis Presley. Com a gente estarão os melhores amigos de Elvis, Marty Lacker, que conheceu Elvis no colegial, foi co-padrinho de seu casamento, serviu como guarda-costas e secretária do rei. Lamar Fike, ele até tentou entrar no Exército com Elvis mas não conseguiu. Jerry Schilling ainda acha difícil falar sobre o tempo que passou com Elvis. Também o meio-irmão de Elvis, David Stanley. Kathy Westmoreland, cantora de backup, foi numa noite quente de verão em 1970, que Elvis Presley apresentou Kathy Westmoreland ao mundo. Anita Wood que namorou Elvis seriamente por vários anos nos anos 50, e até viveu por um tempo em Graceland. E Patty Perry, que conheceu Elvis por muitos anos, ela era a única mulher oficial da Máfia de Memphis. |
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Larry King: Marty Lacker, onde vocês se conheceram? No colégio? Marty Lacker: Sim. No último ano do ensino médio, Larry. Larry King: Como ele era no ensino médio? Marty Lacker: Estranho. Ele era meio solitário. Eu tinha acabado de me mudar de Nova York. Elvis vestia roupas muito chamativas, o que era diferente dos rapazes da época. A maioria dos rapazes naquela época usavam cortes de cabelo padrão para a época e usavam camisetas Levis. Seu cabelo era muito mais comprido que o dos jovens da sua idade. E basicamente, eu me vestia da mesma maneira, pois tinha vindo de Nova York. Larry King: Ele já cantava então? Marty Lacker: Ele cantou em alguns shows de talentos em Memphis, na escola. Mas ele ainda não era conhecido naquela época, exceto pelas pessoas que estavam perto dele. Larry King: Patty, como você o conheceu? Patty Perry: Na verdade, eu conheci Elvis em Los Angeles. Eu tinha 17 anos de idade, dirigindo pela rua no Boulevard Santa Monica, em um velho carro. E vimos um Rolls Royce preto. Eu estava com meu namorado, estávamos indo para uma festa. Eu disse, vamos ver de quem é aquele Rolls Royce. Eu falei: É Elvis Presley. Eu fingi que não sabia quem era. Eu parei ao lado dele. E ele abriu a janela. E eu disse, caramba, você parece familiar, eu te conheço de algum lugar? E ele sabia que sabíamos quem ele era. Então ele disse, encoste. E a partir daquele momento mudou toda a minha vida. Nós ficamos amigos. Ele me convidou para ir a casa dele. Larry King: Você era um membro não-oficial da Máfia de Memphis? Patty Perry: Bem, eu era como uma irmãzinha. Esses caras me educaram. Marty, Lamar e Gerry. Larry King: Você arrumava o cabelo dele, certo? Patty Perry: Às vezes eu fazia o cabelo dele. Larry Geller era quem cuidava do cabelo dele. Mas fui eu que fiz o cabelo dele para o especial do Aloha. Larry King: Você quem fez? Patty Perry: Sim. Ele ficou lindo. |
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Elvis não ficou satisfeito com seu penteado depois de ver a fita de ensaio do Aloha. Por isso eu fiz o cabelo dele! Eu não estava lá no dia do ensaio e Elvis estava muito infeliz com o primeiro corte de cabelo. Ele queria que seu cabelo fosse cortado corretamente e Marty Lacker, que estava em Los Angeles, me ligou e nós voamos juntos. Eu cortei o cabelo dele para o show final e Marty Pasetta, o produtor, me disse que Elvis nunca tinha ficado tão bem. Enquanto eu cortava o cabelo dele, Elvis disse: 'Patti, estou muito magro, me sinto muito bem'. Elvis estava muito feliz e realmente empolgado por fazer o show. Eu acho que esse foi o seu melhor, ele estava lindo. Estávamos todos no 30º andar do Hilton e nos divertimos juntos. O triste é que todos nós fomos à praia, mas Elvis estava preso em seu quarto. Todos nós também fomos ver o Arizona Memorial, onde ele havia investido muito dinheiro, mas novamente ele não pôde ir.
Larry King: Jerry Schilling, você era um amigo próximo da família. Como surgiu o nome a Máfia de Memphis? Jerry Schilling: Bem, aconteceu. Anos atrás, costumávamos ir a Las Vegas, e usávamos armas. E a imprensa começou a nos chamar carinhosamente de A Máfia de Memphis, dizendo: 'a Máfia de Memphis está de volta à cidade'. E nós meio que gostávamos. Nós éramos jovens. Larry King: Quantas pessoas estavam envolvidas na Máfia de Memphis? Jerry Schilling: No início seis a sete. Mas ao longo dos anos, eram cerca de 12, 13 homens. Larry King: Vocês saíam juntos? Jerry Schilling: Morávamos juntos, Larry. Larry King: A confiança era muito importante para ele? Jerry Schilling: Sim, muito importante. Patty Perry: Larry, nós éramos uma família. Elvis era um prisioneiro de sua própria fama. Nós éramos os que sempre estava com ele. Quero dizer, ele não podia ir a lugar algum, havia umas 20 garotas do lado de fora do portão 24 horas por dia, 7 dias por semana. Mas nós é que éramos a família dele. E nos divertimos muito juntos. E esses caras eram seus melhores amigos. |
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Larry King: Você gostava muito dele? Patty Perry: Eu o amava. Ele era um homem incrível. Você sabia que tinha pessoas que trabalhavam com ele que eram italianos, judeus, cristãos. Todos nós éramos amigos dele. E tudo o que ele queria era nossa amizade e lealdade. Larry King: David Stanley, você era seu meio-irmão. Quantos anos você tinha quando conheceu Elvis? David Stanley: Eu tinha apenas 5 anos de idade. Mudei-me para Graceland em 1960, depois que minha mãe, que era divorciada, se casou com Vernon, o pai de Elvis. Quando conheci Elvis Presley, não sabia o que era rei do rock. Eu simplesmente não conseguia entender o que estava acontecendo. Mas uma coisa eu sabia, saí de uma pensão e me mudei para uma mansão. Daí eu pensei, isso vai ser muito bom. E foi mesmo. Todos foram bons amigos. Hoje é muito legal estarmos todos juntos, conversar sobre Elvis e celebrar o aniversário dele. Larry King: Ele era um bom meio-irmão? David Stanley: Ah, sim. Você está de brincadeira? Recebi muita atenção dele. Eu ia para a escola em um Cadillac rosa todos os dias. Sendo Elvis o seu irmão mais velho, ele era mais uma figura paterna. Ele era 20 anos mais velho do que eu. Ele me ensinou tudo. Ele me ensinou música. Ele me ensinou a ser uma pessoa boa. Se há algo legal lá, veio de Elvis. Ele me ensinou sobre garotas. Ele me ensinou sobre assuntos espirituais. E todos os outros indivíduos envolvidos. Somos como veteranos da Segunda Guerra Mundial ou os da Coréia e do Vietnã, todos nós experimentamos esse momento único. E como eu disse, é muito legal nos reunirmos e nos comunicarmos no nível que pudermos sobre alguém que conhecíamos e amávamos muito. Larry King: Marty, você deveriam ter a mesma idade, certo? Marty Lacker: Eu era dois anos mais novo que ele. Nós dois nascemos em janeiro. E eu preciso dizer uma coisa. Fomos chamados de todos os nomes em várias livros lançados, mas essas pessoas não sabem como era nosso relacionamento. Larry King: E como foi? Marty Lacker: Fomos uma irmandade íntima. Elvis não tinha um melhor amigo, ele tinha cerca de 9 amigos. E esses eram basicamente os caras dos primeiros anos. Nós crescemos juntos. Nós éramos como irmãos. As pessoas que fazem certas declarações negativas, nós apenas sorrimos, porque elas não têm ideia de como era. Larry King: Você foi a última a se juntar ao grupo, Patty? Patty Perry: Não. Na verdade, eu já estava lá antes de David e Rickie. Conheci Elvis aos 17 anos. Ele tinha 25 anos. Ele tinha acabado de sair do Exército. Larry King: Você era a única garota? Patty Perry: Bem, eu era a única mulher. Ele confiava muito em mim. Nós éramos bons amigos, e não houve nenhum romance entre nós. Larry King: Você queria que houvesse um romance? Patty Perry : Não, não, não, não. Todos eles eram meus irmãos. Eles cuidaram de mim. Larry King: Ele foi uma pessoa difícil, Lamar? Lamar Fike: Sim. Nós brigávamos o tempo todo. E eu sempre perdia. Fui demitido cerca de 500 vezes. Mas fazia parte. Larry King: Jerry, ele era extraordinariamente correto e generoso? Jerry Schilling: Muito generoso. A casa em que moro hoje foi ele que me deu em 1974. Eu acho que ele sabia que perdi minha mãe quando tinha um ano de idade. Nós crescemos no mesmo bairro, parte pobre de Memphis. E em 1974, ele disse, você nunca teve uma casa, então eu quero lhe dar uma. Os caras sabiam disso, mas não era para ser publicado. Ainda moro lá e sempre morarei. Larry King: Uau. E você Patty. Patty Perry: Elvis não comemorava apenas feriados regulares. Elvis costumava dar muitos presentes. Se ele ia à joalheria, todo mundo ganhava alguma coisa. Se ele tinha um carro, todos tinham que ter um carro. Se ele tinha motos, todos tinham que ter uma. O que o deixava feliz era ver a expressão no rosto das pessoas quando ele presenteava elas, não era o presente em si. Jerry Schilling: Há outra coisa importante, ele também lhe ouvia. Você ganhava presentes mas ele se preocupava em saber se você tinha algum problema... Ele diria, você quer falar sobre alguma coisa? Ele era realmente um amigo. Larry King: Quem o ajudou com seus problemas? Jerry Schilling: Esse é o problema. |
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Elvis chegando à estação com seus pais, Anita, e seus amigos, George Klein, Cliff Cleaves e Lamar Fike. 27 de agosto de 1957. | Não escondendo seu carinho um pelo outro, Elvis e Anita Wood se entreolham como qualquer namorados que se despedem. | 'Ooooh', murmuraram os fãs quando seu ídolo, Elvis, beijou sua namorada, Anita Wood, antes de embarcar no trem, 27 de agosto de 1957. |
Larry King: Tudo bem. David, ele foi generoso com você? David Stanley: Ele foi muito generoso comigo. Ouvindo Jerry falar sobre a casa em que ele mora hoje, meu pai foi tirado da minha vida quando eu ainda era criança. Minha mãe e meu pai se divorciaram em 59. Quando me mudei para Graceland com meus dois irmãos mais velhos e minha mãe Dee, Elvis estava um pouco relutante em relação a minha mãe, porque ele acabara de perder a dele. Mas ele olhou para mim e me deu um abraço e me recebeu em sua família. Ele me acolheu e compartilhou sua vida comigo. Ele sabia que meu pai havia saído da minha vida, e ele fez essa coisa de substituição. Jerry sabe disso. Ele se esforçava para fazer você se sentir bem. Larry King: Marty, ele foi generoso com você? Marty Lacker: Com certeza. Mas vou lhe dizer uma coisa, Elvis era um tipo de pessoa complexa e contraditória. Elvis não conseguia dizer sinto muito pra ninguém. Se alguém ficasse chateado com ele ou ele fizesse algo que sabia que não deveria ter feito, superaria isso em 30 minutos. Ele lhe daria um carro. Marty Lacker: Quer dizer que em vez de pedir desculpas, ele dava presentes para você. Marty Lacker: Exatamente. A única vez que o ouvi pedir desculpas, foi por causa de uma discussão, a única que já tivemos. Fiquei surpreso quando ele fez isso, porque ele simplesmente não fazia isso. Ele compraria uma coisa para você. Larry King: Lamar, com todos esses argumentos, ele foi generoso com você? Lamar Fike: Para dizer o mínimo. Eu tive muitos carros. Eu tinha motocicleta. Alguém me perguntou outro dia, 'você faria isso de novo', eu disse, 'quando começamos?' Larry King: É verdade que ele reservava os cinemas a noite toda e levaria todos vocês para ver filmes? Jerry Schilling: Três filmes por noite. Nós chegávamos à meia-noite, depois que o cinema fechava. Nós conversávamos em voz alta. Era interessante. Patty Perry: Se ele estivesse chateado, todo mundo ficava sentado por trás dele. Jerry Schilling: Elvis estudava esses filmes. Eu costumava me perguntar: 'por que estamos assistindo isso por três vezes'? Marty Lacker: Uma outra coisa, é que ele quase nunca assistia a um de seus filmes.Lamar Fike: Nós nunca os assistimos. Marty Lacker: Aliás, ele viu algumas vezes, mas apenas dois ou três que eu saiba. Ele não gostava de se ver na tela. Larry King: Vou contar uma rápida história sobre Elvis Presley. Eu nunca conheci Elvis o Elvis pessoalmente, mas conheci o coronel Parker. Elvis se apresentou em Miami Beach uma vez, no Miami Beach Convention Center. Do Aeroporto Internacional de Miami, um helicóptero o levou a Miami Beach. De lá, uma limusine o pegou e o levou até o centro de convenções, onde ele se apresentou. Depois do show, ele voltou na mesma limusine para pegar novamente o helicóptero. Foi aí que ele perguntou ao motorista da limusine: 'você é dono dessa limusine ou trabalha na empresa?' O motorista respondeu: 'Eu trabalho para a empresa'. Aí Elvis disse: 'agora você é o dono'. |
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Larry King: Se juntará a nós agora a Anita Wood. Ela está em Jackson, Mississippi. Ela namorou Elvis por vários anos, de 1957 a 1962. Foi Lamar Fike, um de nossos convidados, o responsável pelo encontro dela com Elvis, certo Anita? Anita Wood: Sim. Lamar me ligou. Larry King: E o que ele disse? Anita Wood: Bem, eu estava trabalhando com Wink Martindale em um show de adolescentes em Memphis. Quando o show terminou, Lamar me ligou e disse: Elvis gostaria de conhecê-la hoje à noite. Só que eu tinha um encontro. E Lamar ficou surpreso com minha resposta. Jamais esquecerei isso, Lamar. Você não vai se encontar com Elvis Presley? Não vá para seu encontro. Mas eu não pude fazer isso. Então não fui ver Elvis e fui ao meu encontro. Achei que nunca mais teria notícias dele. Larry King: Como foi o primeiro encontro? Anita Wood: Bem, foi um pouco incomum. Estavam lé Lamar, George Klein, Allan Fortes e Cliff Gleaves. Nós éramos uma família do sul. Elvis então veio até a porta para me pegar. Saímos na limusine. Elvis é quem estava dirigindo. Ficamos um tempo passeando por Memphis, depois paramos em uma lanchonete e Lamar entrou. Não sei quantas dezenas de hambúrgueres, Lamar trouxe, eram muitos sanduíches, e eles comeram todos eles. Depois fomos para Graceland. Ele tinha acabado de comprar Graceland e queria me mostrar, então fomos lá. Larry King: Ele tentou te atrair nessa primeira noite? Lamar Fike: Atração! Larry King: Ele fez algum charminho? Anita Wood: Ele tentou. Ele quis que eu subisse as escadas e visse seu quarto e sua grande e magnífica cama, então subi. E nós entramos no quarto. Realmente era uma cama enorme, a maior cama que eu já vi. Então ele tentou mexer comigo um pouco. E eu disse que não, e que tinha que ir para casa. Então ele me levou para casa. Esse foi o primeiro encontro que tivemos. Ele foi um cavalheiro. Então ele me levou para casa. Larry King: Como foi estar apaixonado por Elvis? Eu imagino que você se apaixonou por ele? Anita Wood: Sim, me apaixonei. Ele foi meu primeiro amor. Eu o conheci quando tinha 19 anos e vim de uma família muito conservadora. Então, é claro que quando conheci Elvis, eu me apaixonei por ele, e ele se apaixonou por mim. Tivemos um tempo maravilhoso, muita diversão juntos. E eu amei seus amigos. Foi simplesmente ótimo, como uma família. Eu me lembro quando David, Ricky e seu irmão, Billy, chegaram lá. Eu estava lá e lembro de tudo isso. Larry King: Patty, você ficou incomodada por ele ter namorado Anita? Patty Perry: Não, de jeito nenhum. Todos eram meus amigos, nós não tínhamos nenhum tipo de relacionamento. Larry King: Então você e Anita se deram bem? Patty Perry: Sim, claro. Marty Lacker: Larry, a mãe de Elvis queria que Elvis se casasse com Anita. Anita Wood: Oh! Aquilo foi legal. Larry King: Por que isso não aconteceu, Anita? Anita Wood: Bem... Lamar Fike: O Oceano Atlântico. Anita Wood: Ele foi... Lamar Fike: Chama-se Oceano Atlântico. Anita Wood: É verdade. Larry King: Ele foi para a Alemanha. Anita Wood: Sim, ele foi para a Alemanha e lá conheceu Priscilla, na época com 14 anos. Mas quando ele voltou, ainda continuamos namorando. E claro, Elvis podia fazer você acreditar em qualquer coisa do mundo, então ele me fez acreditar que ela era apenas uma amiga e seu pai estava no Exército com ele, e não era verdade. |
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Larry King: Estou impressionado com uma coisa. Lamar, você primeiro. Lamar Fike: O que foi? Larry King: Elvis traiu todas as mulheres com quem esteve. E todas o amavam e todas entendiam. Então, como você me explica isso. Lamar Fike: Larry, é chamado de atração! Larry King: Não incomodava as pessoas. Lamar Fike: Olha, posso lhe dizer uma coisa? Ele queria manter todo mundo feliz. Larry King: Agora se juntando a nós de Los Angeles, Kathy Westmoreland. Kathy namorou e se apaixonou por Elvis, escreveu um livro sobre o relacionamento deles chamado 'Elvis and Kathy'. Por que vocês terminaram? Kathy Westmoreland: Eu não tenho muito o que dizer. Eu namorei ele por cerca de seis meses. Então ficou óbvio para mim que havia outras mulheres. Então, você sabe como é isso. Larry King: Como ele era? Kathy Westmoreland: Ele era fabuloso. Foi divertido. Ele foi muito atencioso. Quase maternal. Larry King: Ele quase não dormia, certo? Kathy Westmoreland: Não. Ele sofria de insônia. Ele era muito, acho que muitos gênios são assim, simplesmente não conseguem desligar, é o que ele diria. Larry King: Saudades dele? Kathy Westmoreland: Sinto muita falta dele. Larry King: Vamos falar de excentricidades. Jerry, o que era diferente, o que havia de estranho em Elvis? Todos os grandes homens têm excentricidades. Jerry Shilling: Eu conheci Elvis quando tinha 12 anos, ele tinha 19. Foi antes dele fazer sucesso em Memphis. Ele tinha um certo olhar. Era como se ele fosse um rebelde, mas ele tinha um sorriso adorável. Larry King: Patty, o quê para você era excentricidade? Patty Perry: Tudo sobre Elvis era uma excentricidade. Larry King: Me dê um exemplo. Patty Perry: Ele era um menino, ele conversava sobre bebês, amava sua mãe. Para as mulheres. As mulheres viram em Elvis uma perspectiva diferente dos homens. Larry King: Como goo goo goo? Patty Perry: Ele era da noite. Nós éramos como vampiros, ficávamos acordados a noite toda e dormíamos o dia todo. Larry King: Marty, o que era estranho por falta de um termo melhor. Marty Lacker: Vou lhe contar uma coisa estranha sobre ele. Se ele assistia a um jogo de futebol na TV, usava capacete. Ele se vestia para todas as ocasiões. Se ele assistisse caras na TV andando de moto, ele usaria um capacete. Você entrava e parecia engraçado. O que quero dizer é que quando você entrava, ele está sentado com um capacete de futebol. Você dizia, Elvis, o que você está fazendo? 'Estou assistindo o jogo'. Larry King: Lamar, ele teria sido um bom convidado neste programa? Lamar Fike: Ele teria sido hilário. Se ele tinha o grupo por perto, era quando realmente ficava engraçado. Ele precisava desse tipo de apoio. |
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Elvis com um colega de farda em Grafenwoehr, Alemanha. |
Larry King: Lamar, para você, o que foi excêntrico? Lamar Fike: Eu acho que a coisa mais excêntrica em Elvis era a maneira como ele tratava as pessoas. Ele tratou todo mundo igual. Não havia diferença. Era tipo assim, eu acho que Deus ama um urubu tanto quanto ama uma águia, e foi o mesmo caso com Elvis, ele tratava todo mundo assim. Tenho quase certeza de que foi isso. Se é uma excentricidade, não sei. Essa foi uma ótima lição para nós. Se Elvis Presley podia tratar um cara que varria as ruas da mesma maneira que tratava um diretor de uma grande empresa, nós também podemos fazer isso. Larry King: David Stanley, o que você me diz de diferente? David Stanley: Pra mim o interessante foi estar perto dele todos os anos que eu estive. Larry King: Como assim? David Stanley: Quando as pessoas falam sobre ele e quão grande ele é, ele era um imã, as pessoas eram atraídas por ele. Ele teve dificuldade com isso. Quero dizer, ele estava sendo Elvis Presley. Como você se torna uma pessoa que todo mundo ama? Como você se torna uma pessoa que todo mundo adora e segue e quer estar por perto e quer esse tapinha nas costas. Observando ele sendo Elvis, um Elvis legal, um Elvis triste, o grande artista que ele era, observando-o ser tudo isso e no final, passar por aquilo. Muitas vezes ele se sentava sozinho e dizia por que eu? Por que tenho esses dons fenomenais? Ele sempre quis compartilhar, mas sempre teve esse problema de por que isso foi concedido a mim. Eu acho que Marty levantou um ponto importante. Elvis adorava amar as pessoas, mas era difícil para Elvis deixar as pessoas o amarem ou nós o amarmos. Ele simplesmente entrava em si mesmo e tentava descobrir quem éramos. Lamar Fike: Deixe-me contar uma história realmente engraçada, Larry. Isto é um fato. Entre o grupo, sempre fazíamos algumas festas. Quando Elvis chegava toda a atenção era voltada para ele. Uma noite ele entrou e disse: 'Deixe-me fazer uma pergunta, por que vocês não me convidam para essas festas?' Eu disse: 'Você está louco, ninguém tem chance com você. Ele ficou chateado com isso. Ele disse: 'Bem, eu vou despedir todos vocês'. Eu disse: 'A partir de agora você poderá participar de todas as festas'. Foi engraçado. Larry King: Ele também era extremamente liberal. Lamar Fike: Essa é uma das coisas mais importantes que a história tem, Elvis era o ser humano mais sem preconceitos que eu já conheci. Larry King: Eu ouvi... Daltônico, correto? Lamar Fike: Totalmente. Larry King: Anita, o que era estranho para você sobre ele? Anita Wood: Meu apelido era 'pequena' porque eu era muito baixinha na época e por ele me chamava de 'pequena'. Meus pés são bem pequenos. Ele amava meus pés. Não sei o que era, mas ele gostava de pés pequenos. Larry King: Patty. Patty Perry: Havia dois Elvis Presleys. Quando Elvis estava em casa, ele era um Elvis Presley. Quando estava no palco, era um Elvis Presley diferente. No palco ele gostava de falar sobre ele para que as pessoas o notassem. Fora dos palcos dirigíamos pela Sunset Boulevard na hora do rush e ele é quem dirigia o carro só para ver o olhar no rosto das pessoas quando o viam dirigindo. Larry King: Ele dirigia? Patty Perry: Sim. Ele dirigia, sim. Na limusine, se ele não estivesse dirigindo, ele ficava em pé e pelo teto solar do carro acenava para todo mundo e conversava com as pessoas. |
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Larry King: Por que ele se deixou levar tanto, ganhar tanto peso? Lamar Fike: Muitas vezes na vida de Elvis, ele achava que não merecia o dinheiro, a fortuna e a fama que ganhou. Às vezes, como resultado disso, ele entrava nesse espírito autodestrutivo. O medicamento, que todos sabem que era prescrito, foi o que acabou com ele. David Stanley: Isso nos assustou a todos. Larry King: Marty, você chegou a dizer pra ele, 'Elvis, você está ganhando muito peso, está perdendo o controle'. Marty Lacker: Deixe-me ser honesto com você. Eu era quase tão ruim quanto ele, tanto quanto os comprimidos. O fato é que, o peso veio depois mudando seu físico, doenças, e claro, as pílulas contribuíram para isso. Larry King: Esperem um pouco pessoal. Eu tenho sete convidados. Jerry Schilling: Mas, Larry, acho que você deve ir à causa, não apenas ao efeito. Elvis era um verdadeiro gênio. Ele foi o produtor mais subestimado da história da música. Ele realmente queria fazer filmes. Larry King: Ele trabalhou na produção de seus próprios discos? Jerry Schilling: Sam Phillips oficialmente os produziu. Larry King: 'Nasce Uma Estrela'? Jerry Schilling: "Nasce Uma Estrela". Ele aceitou fazer esse filme. Larry King: Sério mesmo? Jerry Schilling: Com certeza. Larry King: O que aconteceu? Por que ele não fez esse filme? Jerry Schilling: Bem, você sabe, se isso não aconteceu, foi o gerenciamento. Larry King: O que matou Elvis deixar de fazer este filme? Lamar Fike: O coronel Parker foi quem matou esse acordo. Larry King: Kathy, você tem lembranças sobre a morte de Elvis? Kathy Westmoreland: Sim, lembro bem por causa do que ele me disse e do que os médicos me disseram... Larry King: O que foi? Kathy Westmoreland: Quando eu o conheci, ele me disse que sabia exatamente quanto tempo tinha de vida, que achava que iria morrer aos 42 anos, perto da idade de sua mãe... Toda a família tinham nascido com o coração crescido de um lado ou de outro, e ele também me disse que tinha câncer nos ossos. Marty Lacker: Ele não tinha câncer ósseo. Larry King: Ele não tinha? Marty Lacker: Não, ele não tinha câncer ósseo. Deixe-me dizer de onde isso veio. Depois que Elvis morreu, muita coisa vazou de Graceland. O pai de Elvis pediu a Billy Smith que dissesse a alguns rapazes que Elvis tinha câncer para ver o que aconteceria. Foi como surgiu essa história. Larry King: Mas a Kathy disse que Elvis disse à ela que ele tinha. Kathy Westmoreland: Ele me disse quando o conheci. Marty Lacker: Elvis tinha uma grande imaginação, Kathy. Lamar Fike: Kathy, foi pra chamar sua atenção. Larry King: Você está exagerando agora, Lamar. Lamar Fike : Não, não, não estou. Larry King: Elvis era um grande fã de Bobby Darin? Jerry Schilling: Elvis era um grande fã de Bobby. De fato, quando Bobby mudou seu estilo, lembra Larry... Larry King: Tornou-se um cantor folk. Jerry Schilling: Elvis se encontrou com Bobby e disse: 'Bobby, esse não é você, cara. Cara, eu quero ouvir 'Mack the Knife' quando eu te ver. Eu quero ver você no palco'. |
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Larry King: Quem você acha que o pai de Elvis preferiria ter administrado seu filho? Jerry Schilling: Bem, acho que não há ninguém que pudesse empresariar Elvis se não o coronel. O coronel fez um ótimo trabalho. Talvez houvesse mais algumas coisas criativas que poderiam ter sido feitas, mas ele fez um bom trabalho. E Elvis o respeitava. Larry King: O coronel foi honesto? Jerry Schilling: Eu acho que sim. Larry King: Você gostou dele, Marty? Marty Lacker: Não. Eu não... Larry King: Anita, você gostava dele, você o conhecia? Anita Wood: Eu não gostava dele, não. Larry King: Até agora, são dois a um. Anita Wood: Foi ele quem me impediu de ir para a Alemanha. Kathy Westmoreland: O coronel tinha disso, era coisa dele. Ele adorava enganar as pessoas. Mas no fundo ele era realmente um doce... Larry King: David, você gostava dele? David Stanley: Eu gostei do coronel Parker e acho que ele fez um trabalho fenomenal. Mas tenho que citar meu irmão Ricky, que infelizmente não pode estar aqui. A pergunta é a seguinte: 'Se o coronel Parker fez Elvis Presley, por que ele não fez outro?' Larry King: Lamar, você gostou dele? Lamar Fike: De vez em quando. Estou sendo totalmente honesto. Marty Lacker: Acho que todos nos sentimos assim. Larry King: Patty, você gostava dele? Patty Perry: Bem, na verdade, o coronel não ficava muito tempo conosco quando estávamos em Los Angeles. Eu o vi algumas vezes. Mas, no que me diz respeito, Elvis confiava nele e ele era o o seu empresário... Larry King: O coronel não ficava com o grupo, não é? Patty Perry: Ele não ficava em casa. Larry King: Jerry, com que frequência você visita Graceland? É difícil para você voltar e reviver as memórias, ou você gosta de visitar Memphis? Jerry Schilling: Gosto de visitar Memphis. Graceland é agradável. As melhores lembranças da minha vida são em ter vivido em Graceland. Eu amo do jeito que é. É uma coisa emocionante voltar para lá. Eu amo Memphis, é minha cidade natal. Eu estive lá com Elvis muitas vezes. Mas acho que eles mantiveram Graceland exatamente como era quando morávamos lá. Larry King: Você gosta, Patty? Patty Perry: Eu amei Graceland quando fui lá pela primeira vez. Era pacífico, era lindo. Mas agora para mim é como a Disneylândia, você entende o que eu quero dizer? Larry King: Elvis tinha uma casa aqui? Patty Perry: Ele tinha muitas. Jerry Schilling: Ele alugou muitas casas por aqui, Larry, e ao longo dos anos ele comprou uma em Palm Springs. Patty Perry: Ele também tinha uma em Monterey que ele havia comprado. |
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Larry King: 'Jailhouse Rock' foi lançado na Inglaterra em conexão com o aniversário de 70 anos de Elvis. Foi a música número 1 na Inglaterra e sua 19ª música número 1 na Grã-Bretanha. Kathy estava me dizendo que Elvis achava que não seria lembrado quando morresse. Kathy Westmoreland: Isso mesmo. Ele dizia: 'Como as pessoas vão se lembrar de mim. Ninguém vai se lembrar de mim. Eu nunca fiz nada duradouro, nunca fiz um filme clássico'. Larry King: Rapaz, ele estava errado. Marty Lacker: Sim. David Stanley: Muitas coisas foram ditas sobre a morte de Elvis e o que aconteceu. Mas Marty está certo, Elvis foi o responsável pelo seu final. Só podíamos cuidar dele o máximo que podíamos. E naquele dia trágico em 16 de agosto, quando entrei no banheiro e o vi partir, ninguém ficou tão machucado quanto eu ou as pessoas que estão aqui hoje. Mas o fato é que não conseguimos detê-lo. Mas a única maneira de ter evitado, era que Elvis poderia ter feito a escolha certa e, infelizmente, ele fez a escolha errada. Larry King: O que vocês fazem hoje em dia. Anita, o que você faz agora? Anita Wood: Sou diretora de nossa creche do jardim de infância em nossa igreja e também ensino em Pittsburgh, Mississippi. Larry King: Vá em frente. Anita Wood: Vou lhe dizer meu nome... meu nome agora é Anita Brewer. Sou casada com um fabuloso jogador de futebol, um ex-jogador. Larry King: Anita Brewer. Anita Wood: Isso. Larry King: Onde ele jogou? Anita Wood: Quando ou onde? Ele jogou pelo New Orleans Saints e Cleveland Browns. O time favorito de Elvis, o Cleveland Browns. Larry King: Então esse era o time favorito de Elvis, os Browns? E você Patty? Patty Perry: Sou semi-aposentada, mas trabalho em Beverly Hills. Eu corto cabelo para a maioria dos homens no Salon em Cannon Drive. Larry King: OK. Vocês nos deram umas ótimas horas, muito obrigado. |
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Adição Especial: Paul McCartneyLarry King: Você se encontrou com Elvis. Paul McCartney: Sim, nos encontramos com ele em Los Angeles. Foi ótimo. Eu amei. A questão é que foi há muito tempo... Larry King: Ouvi dizer que pouco foi dito inicialmente. Paul McCartney: Bem, minhas lembranças são que ele era bastante direto, que nós o amávamos. Estávamos um pouco admirados com ele. Larry King: Sério? Paul McCartney: Bem, nós crescemos vendo ele. Nós éramos crianças. Nesse encontro nós éramos um pouco mais jovens. Mas lembro que ele tinha o primeiro controle remoto de uma TV que já vimos. Larry King: Sério? Essa é uma ótima história. Paul McCartney: Hoje isso é história antiga agora, mas era muito moderna na época. Adição Especial: Johnny CashJohnny Cash: Ele foi muito carismático desde o primeiro dia que eu o conheci. Não havia uma pessoa nos bastidores quando Elvis estava no palco que não estava ali o mais perto possível da parte de trás da cortina para observá-lo. Larry King: Gleason o conhecia cedo, sempre me dizia que ele era um cara muito simples. Johnny Cash: Sim. Ele era. Cara ele era muito gentil. Ele tinha 19 anos e amava sua mãe. As pessoas o viam na TV e diziam que ele estava drogado, mas ele não estava. Ele nunca usou drogas naquela época. Adição Especial: Ann-MargretAnn-Margret: Ele fez parte da minha vida. Eu o conhecia há anos. Nos relacionamos por cerca de um ano. Foi um relacionamento muito forte, muito intenso. Quando Elvis partiu quantas coisas negativas foram escritas sobre ele, e isso me deixa furiosa. Isso me incomoda bastante, porque eu sempre quis o melhor para ele. Nota final : Elvis Presley - Prodígio MusicalOs prodígios musicais são mais frequentemente associados à música clássica, mas, por definição, esses prodígios são talentos naturais e não estão restritos a um gênero musical. Os prodígios musicais geralmente têm várias das seguintes características: talento excepcional e / ou interesse pela música desde tenra idade; a capacidade de identificar o tom específico dos sons, ou seja, o tom perfeito, também conhecido como ouvido natural para música ou bom ouvido; capacidade de tocar de ouvido e / ou improvisar; memória de longo prazo para elementos da música, melodia, harmonia, ritmo, tempo e / ou letra; e habilidades criativas de desempenho (entrega emocional e / ou dinâmica, improvisação). "O único elemento que realmente define um prodígio musical é a capacidade de criar uma dinâmica de performance com o público cativante e, às vezes, avassaladora". Como discutido acima, o talento musical de Elvis Presley claramente abrange todas essas características e muito mais. |