ENTREVISTA COM GINGER ALDEN |
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Ginger Alden é conhecida no mundo de Elvis como a mulher que compartilhou seus últimos meses com ele. No final de 2014, depois de anos mantendo silêncio sobre seu relacionamento, ela lançou o livro 'ELVIS AND GINGER: Elvis Presley's Fiancéeand Last Love Finally Tells Her Story'. O livro foi recebido calorosamente pelos fãs e pelo público em geral, e ficou em primeiro lugar na lista de bestsellers do New York Times. Nesta entrevista ela fala com Scott Jenkins sobre sua vida com Elvis, o livro e muito mais. A entrevista foi conduzida via e-mail, com as questões submetidas em um único hit, e que apenas quatro permaneceram sem resposta, pois foram cobertas extensivamente no livro. Essas quatro perguntas não estão incluídas aqui. |
Scott Jenkins: Obrigado pelo seu tempo, Ginger. Scott: Você se lembra da primeira vez que, ainda na sua infância, ouviu falar de Elvis? Foi quando seu pai falou sobre encontrar Elvis no exército, ou foi antes disso? Ginger: Eu só lembro dos meus irmãos mais velhos tendo alguns de seus discos e minha mãe também tinha alguns álbuns de Elvis que eles tocavam em nosso aparelho de som em casa. Eu também assisti alguns filmes de Elvis na televisão. Ele era uma parte de Memphis e sua música geralmente tocava em várias estações de rádio. Minha mãe era musicalmente talentosa, tocava alguns instrumentos, inclusive piano, e eu sempre ficava atrás dela cantando enquanto ela tocava hinos evangélicos que Elvis havia gravado. Eu sabia que Elvis estava em tenra idade e eu estava orgulhosa que nós compartilhamos a mesma cidade natal. Scott: Seu pai falou sobre a experiência dele com Elvis e, o que ele disse? Ginger: Meu pai costumava repetir algumas de suas histórias sobre encontrar com Elvis quando ele ingressou no exército e ser convidado junto com Elvis e outros para o cinema no início dos anos 60. Meu pai falou muito bem de Elvis e viu que ele era uma boa pessoa. |
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Ginger tinha cinco anos quando seu pai conheceu Elvis como encarregado de relações públicas no exército de Memphis. Este é o pai dela com Elvis. |
Scott: Você tinha algum disco de Elvis quando era criança? E que outras músicas você gostava? Ginger: Embora eu amasse sua música, eu não possuía seus discos quando era jovem, mas meu irmão e minha irmã tinham alguns da época da Sun. Eu gostava de música clássica à Led Zeppelin. Scott: O seu primeiro encontro com Elvis: o que te impressionou quando o viu pela primeira vez? Ginger: Quando ele entrou no quarto de Lisa, lembro de ter pensado como ele era lindo em pessoa! Scott: Como foi quando ele te pediu em namoro? A diferença de idade te incomodou, você falou com ele sobre isso? Ginger: Nós estávamos no Las Vegas Hilton em dezembro de 1976, quando ele mencionou que gostaria de me namorar. Eu nunca pensei na nossa diferença de idade. A única vez que Elvis agiu um pouco diferente foi quando ele estava lendo e me ensinando algo, mas ele também agia como um garotinho às vezes. Scott: Como sua família e amigos se sentiram sobre você namorar a maior estrela do mundo? Algum deles aconselhou você contra o namoro? Ginger: Falei com a minha mãe num determinado momento, sobre o qual escrevi no meu livro 'Elvis and Ginger'. Meus pais e amigos ficaram felizes por mim desde que eu fosse feliz. Scott: Você se sentiu aceita pela família e amigos de Elvis? No geral, você foi bem tratada? Ginger: A maioria era cordial e eu esperava que sua família e amigos gostassem de mim. Eu era muito tímida e passava muito tempo com Elvis, pois não conhecia bem os outros. |
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Scott: De quem você gostava e não gostava da Máfia de Memphis, e por quê? Ginger: Não consegui conhecê-los bem, logo após o falecimento de Elvis, fiquei extremamente desapontada ao ver o comportamento de alguns deles que viviam ao redor de Elvis. Alguns especularam e começaram a contar inverdades sobre Elvis. Fiquei muito desconfiada das pessoas por causa disso e rapidamente vi que elas se uniram e continuaram com as inverdades. Havia muita coisa acontecendo por trás de portas fechadas, o que alimentou a especulação, por isso espero que aqueles que especulam sobre as coisas, leiam meu livro 'Elvis and Ginger' para ver o que realmente estava acontecendo no meu relacionamento com Elvis. Eu senti que Elvis estava mudando nos últimos meses, ele ficou chateado com Joe Esposito, Dick Grob, Charlie Hodge, Dr. Nick e alguns assessores, e muitas vezes eles mencionavam mudanças de coisas para mim em vários momentos. Eu nunca conheci Jerry Schilling, pois ele não estava por perto durante os últimos meses de Elvis, nem o irmão adotivo de Elvis, Billy Stanley, por escolha de Elvis, então eu nunca falei com nenhum deles, exceto no começo quando nos conhecemos. Scott: Você teve algum contato com Linda Thompson? Você à conheceu e o que achou dela? Ginger: Eu não conheci a maioria das mulheres que Elvis namorou, exceto Kathy Westmoreland e Priscilla. Eu não sabia muita coisa sobre o relacionamento de Elvis e Linda, apenas o que Elvis me disse e eu entendi que ele estava tentando terminar o relacionamento deles fazia algum tempo. Mais tarde, fiquei chateada com uma história que Linda Thompson contou ao National Enquirer pouco depois da morte de Elvis, o que me deu uma impressão negativa, que por sua vez me fez sentir como se eu tivesse que contar uma história. Também não gostei em saber que Linda Thompson tinha o conhecimento que seu irmão, Sam, que também foi guarda-costas de Elvis, escreveu um livro com seu amigo Dick Grob, outro guarda-costas. Nenhum editor comentou em algum livro que contasse mentiras horríveis sobre mim e minha família , foi tudo uma tentativa de ganhar dinheiro. Por que Sam fez isso? Ele realmente acreditava nas mentiras que Grob disse ou é porque Elvis estava me vendo, Linda é sua irmã e foi uma tentativa óbvia de fazer eu e minha família ficarem mal para o público e sua irmã ficar bem? Foi errado e completamente injusto, mas como eu disse antes, as pessoas em grupos se uniam. |
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Scott: Você se lembra do primeiro show que viu? Há algum show em particular que se destaque na sua memória? Você tem um macacão favorito? Ginger: Sim, escrevi sobre o primeiro concerto que participei, que foi alguns meses antes de conhecer Elvis. Eu estava em todos os shows de Elvis, exceto 4 ou 5 durante o nosso relacionamento. Ele era um ser humano incrível, alguns shows não eram à altura dos outros, mas ele costumava colocar 100 por cento em suas performances, pois ele queria sempre agradar seus fãs. Eu não consegui ver todos os macacões pessoalmente, mas para citar uns dois que me lembro, eu acho que o do pavão e os de penas indígenas eram lindos. Scott: Elvis falou muito sobre seus planos futuros na carreira e, em caso afirmativo, quais eram eles? Será que ele expressou grande desejo de voltar a atuar, fazer uma turnê mundial ou mudar as gravadoras? Ginger: Eu sei que Elvis esperava fazer filmes mais sérios e se apresentar na Europa um dia, no que diz respeito ao trabalho, mas ele não ficava muito tempo falando sobre o futuro, exceto quando começo a falar em casamento, o que fez várias vezes durante nosso relacionamento. Scott: O que você gostaria de ter visto nesta fase de sua vida com Elvis? Ginger: O que quer que o tenha feito mais feliz e pelo que testemunhei, era o que ele estava fazendo, se apresentando no palco. Uma atuação séria para mostrar seu talento de atuação teria sido ótimo também. Ele me disse uma vez que ser natural na frente das câmeras era uma das coisas mais difíceis, mas eu sabia que veio facilmente para ele. Scott: O que você acha sobre Elvis ter levado a RCA para Graceland em 1976 para ele poder gravar, ao contrário dele ir para a RCA como era de costume? Ginger: Não posso comentar, já que não faço ideia. Eu não conhecia Elvis então. Scott: Você sabe alguma coisa sobre a sessão de gravação abortada em Nashville em 1977? É verdade que ele cancelou porque você não queria ir com ele, ou havia outra razão por trás disso? E qualquer outra coisa sobre a sessão, o que aconteceu? Ginger: Eu fui com Elvis para Nashville e não sei como começou essa mentira de que eu não fui ou quem começou. Eu escrevi sobre o que aconteceu enquanto estávamos lá. Elvis ficou com dor de garganta, nada mais e cancelou a sessão. Scott: Quantas vezes Elvis montou seus cavalos? Ginger: Elvis estava em um estágio diferente de sua vida quando nos conhecemos, ele estava mais quieto, ele gostava de ler e de vez em quando andava de moto e triciclo, mas eu nunca achei que ele não montaria mais em cavalos. Simplesmente não havia tempo para isso. Scott: Ele falou muito sobre a mãe dele, início de carreira e música? Ginger: Não, ele não falava muita coisa de sua mãe ou comentava sobre sua música e o início de sua carreira. Elvis estava no presente e não falava no passado. |
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Scott: Elvis tinha um roteiro de filme chamado "A Missão". Você lembra sobre o quê era o filme? Elvis mencionou Barbra Streisand onde ela lhe ofereceu o papel masculino em 'A Star Is Born'? Ginger: Nós procuramos o script brevemente uma vez no sótão em Graceland, mas eu nunca vi. O filme deveria ser paralelo ao que ele estava tentando fazer na vida, havia um lado espiritual também, sobre alguém que traz alegria e ensina os outros através da música. Eu escrevi em 'Elvis and Ginger', seus comentários para mim e minha família sobre o filme 'A Star Is Born'. Scott: Ele chegou a ver alguma prévia do último especial de TV 'Elvis In Concert', e se viu qual foi a reação dele? E você viu antes de passar na TV? O que você achou? Ginger: Até onde eu sei, ele não viu uma única vez. Eu assisti quando passou na televisão e fiquei muito orgulhosa, revivendo o que aconteceu. A maquiagem que eles aplicaram, eu sabia que ele não teria gostado de como ficou, ele acharia melhor sem. A câmera também acrescentou peso. No início ele estava bastante nervoso durante as filmagens, mas ele terminou a turnê e fez um trabalho maravilhoso. Eu fiquei impressionada e foi uma noite muito emocionante, fiquei surpresa quando vi que haviam capturado minha imagem na câmera enquanto ele cantava. Scott: Elvis comentou com você sobre o livro "Elvis What Happened?", e o que ele disse? Você sabe dizer se ele recebeu os capítulos para ler antes de se tornar público? Você já leu o livro? Ginger: Eu não sei se ele viu algum capítulo antes de ser publicado ou se leu algo depois da publicação. Escrevi em 'Elvis and Ginger' sobre quando e o que Elvis me disse sobre essas pessoas que eu nunca conheci, mas senti que Elvis havia chegado a um lugar em sua mente onde ele havia aceitado e estava seguindo em frente. Eu não li o livro. Scott: Você leu muitos livros sobre Elvis. Quais você gostou, os que não gostou e por quê? Ginger: Ao longo dos anos, mentiras foram ditas sobre mim em vários livros e eu comecei recentemente a examinar alguns da época que estávamos juntos. Houve muito mal entendido, eu fiquei muito tempo fora do olhar do público, inverdades foram contadas e depois foram repetidas por outros biógrafos. Scott: Quais foram suas impressões sobre o Coronel, tanto sobre como ele tratou você, como sobre o tratamento que ele tinha com Elvis como seu empresário? No geral, você acha que o Coronel foi bom para Elvis? Ginger: O Coronel sempre foi amigável quando nos encontrávamos. Eu sabia que Elvis e o Coronel Parker tinham mais uma relação comercial do que qualquer outra coisa. Eu gostaria que tivesse havido mais tempo para eu ter uma ideia de quem era o Coronel. Houve momentos em que Elvis foi desencorajado por pequenas coisas que o Coronel fez e eu sei que algumas pessoas acham que o Coronel exigiu muito de Elvis, mas o Elvis que eu conhecia, amava se apresentar e Elvis nunca me disse que estava sobrecarregado. |
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O anel de noivado de Ginger |
Scott: Como você lida com o fato de que muitos no círculo interno simplesmente se recusam a acreditar que você e Elvis estavam realmente compromissados? Você se lembra especificamente quais as pessoas que você ou ele contou sobre o noivado? Ginger: Desculpe, mas eu não sabia que a maioria tinha admitido que estávamos noivos e até mesmo que alguns conversaram sobre quando Elvis me propôs casamento. O joalheiro de Elvis, Lowell Hayes, que fez meu anel, tem vendido réplicas deste anel há anos. George Klein fala sobre meu anel no You Tube. Vernon Presley sabia do nosso compromisso. Elvis também ligou para algumas pessoas para mostrar-lhes o meu anel, pouco tempo depois que ele me propôs casamento em 26 de janeiro de 1977. Scott: Depois de janeiro de 1977, quando Elvis lhe propôs o compromisso, houve mais conversas sobre o assunto? Ginger: Eu escrevi sobre isso no meu livro. Sim, Elvis mencionou o nosso casamento em vários momentos ao longo do nosso relacionamento e marcamos uma data para o casamento no início da manhã de 16 de agosto de 1977, depois que voltamos de uma visita ao seu dentista. Scott: Se o casamento tivesse acontecido, onde você gostaria de ter ido em sua lua de mel? Ginger: Elvis mencionou Vail, no Colorado e eu nunca estive lá, mas certamente poderia ter sido no Havaí! Scott: Em 2009, o seu anel de noivado estava à venda. As imagens da época parecem mostrar uma diferença daquele que você mostrou em entrevistas recentes. Por que a diferença? Ginger: Essa é outra mentira. Meu anel de noivado nunca esteve à venda. A casa de leilões divulgou um comunicado anos atrás, que contou sobre a mistura em seu departamento de cópia em que alguém erroneamente escreveu que um anel de coquetel era meu anel de noivado. Eu vi, liguei para a casa de leilões, mas não obtive resposta, já que era final de expediente de uma sexta-feira, ninguém estava lá e eu tive que esperar até segunda-feira para corrigi-lo. Naquela época, no fim de semana, muitos já tinham visto e por isso estou feliz por finalmente poder esclarecer isso. Scott: Quais são as maiores inverdades de que você foi acusada? Qual é a que mais dói? Quão frustrante é saber que você não pode realmente impedir que as pessoas digam o que querem de você? Isso te incomoda ou não? Ginger: No início eu odiava sair em turnê'. Eu passei muito tempo em uma idade jovem. Estar comprometida com Elvis me colocou em uma posição muito alta e havia muito ciúmes (sobre o qual Elvis me alertou) que mais tarde eu soube que era em grande parte devido o tempo que Elvis estava passando comigo e com minha família. Outros não estavam conseguindo passar tanto tempo com Elvis e havia uma parte deles em férias. Pessoas que já estiveram nos quartos ou andando de carro ao lado de Elvis estavam agora em hotéis ou em outros carros. Scott: Depois que Elvis morreu, sua família processou a propriedade por causa de uma promessa não cumprida que Elvis fez para pagar a hipoteca de seus pais. Você foi aconselhada a processar mas perdeu o caso. Quais foram as consequências disso? Ginger: Minha mãe processou a propriedade depois de 6 meses e lendo "Elvis e Ginger" vai entender e ver o quadro completo por quê minha mãe decidiu processar. Elvis faleceu achando que a casa dela estava sob cuidados. Ele tinha colocado paisagismo na casa e estava começando a colocar uma piscina pois queria que ela também tivesse. Não foi uma promessa não cumprida por Elvis. Ele faleceu no meio de completar seu presente para minha mãe. |
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Scott: Algumas pessoas acusaram você de duas coisas no dia em que Elvis morreu. Que você fez uma ligação para o National Enquirer para informá-los do que aconteceu e que você teve tempo de aplicar maquiagem completa antes de os paramédicos chegarem? Você pode definir o que aconteceu? Ginger: Não são algumas pessoas: é uma pessoa, Dick Grob, um guarda-costas de Elvis, que inventou essas mentiras cruéis. Este é um exemplo que alguns fizeram na tentativa de ganhar dinheiro quando um ícone desaparecer. Inventar histórias de decepção e criar algum tipo de conspiração, não importando em quem vai dói. Procure saber no Google quem é Dick Grob e você saberá quem é a pessoa que Elvis havia contratado. Elvis não fazia ideia de quem trabalhava para ele. Eu não fiz maquiagem nem liguei para o National Enquirer. Meu noivo tinha acabado de falecer e eu estava com o coração partido quando encontrei Elvis. As mentiras de Grob foram esclarecidas há anos por muitas pessoas como Bill Burk (Bill E. Burk) do Elvis World e também do autor Peter Harry Brown, de quem eu tenho uma carta dizendo que ele falou com as maiores fontes do Enquirer, que fez uma investigação por conta própria, e disseram a ele que nenhum telefonema havia acontecido. Scott: Por que você acha que Dick Grob especificamente te acusou? Alguma verdade para o boato de que ele fez um convite para você, e você o rejeitou? Ginger: Sim, eu recusei realmente. Ele decidiu tentar ganhar dinheiro e escreveu um livro cheio de mentiras. Quando você procurar no Google Dick Grob e Veterans, lembre-se de que muitos soldados passaram pelos portões de Graceland, mas precisaram de pessoas para contar as histórias de Elvis dos fãs, e Grob como guarda-costas foi solicitado a falar em Graceland e em outros eventos relacionados a Elvis. Eu nunca entendi isso. Espero que Graceland ou alguns veteranos façam exatamente isso… Scott: Isso pode parecer uma pergunta ridícula, mas um novo livro afirma que Elvis tinha uma coleção "extensa" de memorabilia nazista. Você viu algo coisa a respeito, ou isso é mais uma afirmação estúpida feita sobre Elvis? Ginger: Eu nunca vi nenhuma coleção como essa. Scott: Durante os meses finais, Elvis estava vivendo com você, mas havia rumores de que ele também estava vendo uma mulher chamada Alicia Kerwin. Isso foi verdade? Ginger: Eu nunca ouvi falar dessa mulher até que o primo de Elvis, Billy, começou essa história depois que Elvis faleceu. Billy ficou íntimo de Dick Grob e eu tenho muitas perguntas para Billy. Dick Grob foi também responsável em espalhar isso. Eu não entendo e, mais uma vez afirmo, não há consideração por sentimentos aqui. Eu posso lhe dizer isto: Eu estava com Elvis todos os dias, exceto por algumas vezes, sobre as quais escrevi em 'Elvis and Ginger'. Houve obviamente muito mal entendido e as vezes Elvis deixava Graceland por algumas horas para passear, e ele ficava bravo comigo quando ele não me encontrava. Ele poderia ter levado alguém por uma noite em algum lugar? É possível? Eu acho que sim. Se é verdade? Eu não sei. Eu não vi fotos dele com essa mulher. Mas é muito errado e um grande exagero dizer que Elvis estava vendo outra pessoa. Ele não estava, nós não ficamos separados um do outro por dia se quer para ele estar 'namorando' outra pessoa e eu posso honestamente dizer isso a você. Nós nos amávamos e estávamos progredindo em nosso relacionamento estabelecendo uma data de casamento na madrugada de 16 de agosto de 1977. |
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Scott: Você também foi acusada de estar com outra pessoa ao mesmo tempo que estava com Elvis, e que iria a clubes em Memphis para seus encontros. Algum comentário? Ginger: Não é verdade, apenas mais mentiras. Scott: Qual é a lembrança mais engraçada do seu tempo com Elvis? Ginger: Um momento engraçado foi no Havaí com minha irmã Rosemary quando ela e Elvis estavam no chão e ela o pegou em uma chave de braço. Outra vez ele me chutou para fora da cama enquanto eu tentava fazer com que ele me ensinasse karate. Ele também adorava brincar em um órgão elétrico em seu escritório. Scott: E o mais assustador? Ginger: Houve alguns incidentes sobre os quais eu escrevi, mas Elvis era um homem maravilhoso 98% do tempo. Scott: Elvis já fez alguma piada sobre você? Como você descreveria seu senso de humor? Ginger: Ele esvaziou os pneus do meu carro uma vez. Ele tinha um grande senso de humor que às vezes podia ser bem perverso. Scott: Que programas de TV você assistiu com ele e se lembra quais os filmes que vocês assistiram? Ginger: Ele gostava de comédias, gospel nas manhãs de domingo e nós fomos ver o 'Pink Panther Strikes Again' e 'The Spy Who Loved Me'. Scott: De um modo geral, quando você ficava mais feliz com Elvis? Ginger: Quando estávamos sozinhos, no andar de cima, em Graceland, ele tocava órgão para mim e também lia sozinho. Eu também adorava andar de moto e triciclo! Scott: Qual é a única coisa que você não (ou ainda não entende) sobre Elvis ou a maneira como ele viveu? Ginger: Foi ele não ter admitido sua fraqueza e por ele ter se cercado de tantas pessoas que eu, no fundo, sentia que não eram necessárias. |
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Elvis Presley e Ginger Alden, Havaí em março de 1977 |
Scott: Ele era muito diferente quando estava por trás de portas fechadas? Era mais silencioso? Havia assuntos com os quais você conversou com ele sobre os quais ele não discutiu com seus amigos ou com outras pessoas? Ginger: Eu soube que ele estava descontente com alguns de seus funcionários. Eles não estavam onde deveriam estar às vezes e ele gostava deles por perto, foi o que ele me falou. Nós conversamos sobre muitas coisas espiritualmente, coisa que eu não vi com mais ninguém fora Larry Geller. Scott: Ele disse uma vez: "A imagem é uma coisa, o ser humano é outra. É muito difícil viver de acordo com uma imagem". Realmente, o que você acha que foi tão difícil para ele? E quais eram as principais diferenças entre o que o mundo via e o que você conhecia? Ginger: Eu não sentia que Elvis estava tentando viver de acordo com uma imagem. Ele era humano e essa foi uma das primeiras coisas que ele me deixou saber sobre ele. A maneira como Elvis estava no palco era como ele estava em casa. Ele cantava e brincava com as pessoas. Scott: Qual foi o momento feliz que se destaca acima de todas as outras? Ginger: Eu tenho muitos, mas quando Elvis me pediu para casar com ele e quando ele marcou a data do nosso casamento. Scott: Como foi seu relacionamento com Priscilla? Ginger: Eu estive com ela umas duas vezes, falei com ela no telefone e ela foi amigável, mas eu não consegui conhecê-la bem. Scott: Você tem alguma música favorita do Elvis? Filme? Álbum? Você houve os discos de Elvis hoje em dia e, se sim quais são os álbuns? Ginger: Eu amo muitas músicas de Elvis, o que é difícil para mim escolher apenas uma. Trying to Get to You, Memories, Kentucky Rain e, claro, suas músicas gospel. Eu não escuto suas músicas com frequência, geralmente fico triste, o que me intriga quando ouço algumas músicas, mas eu tenho alguns CDs. Scott: Você está ciente do selo de colecionadores 'Follow That Dream' da Sony, ou seja, shows e material não lançados distribuído através de fã-clubes e afins. Você é ocasionalmente apresentada durante as apresentações de alguns shows. Ginger: Eu tenho tido sorte ao longo dos anos de ter fãs me dando gravações e é tão bom ser apresentada nesses shows, tanto eu como minha família. Traz de volta algumas lembranças felizes. Scott: Como seu marido e seu filho se sentem em relação a você ter namorado o Elvis? Isso faz você parecer 'legal' nos olhos do seu filho? Ginger: Meu marido me perguntou quando soube que eu era de Memphis, se eu já estivera em Graceland. Eu hesitei e então respondi: "Sim". Ele ficou surpreso. Meu filho acha que foi 'bem legal' que nós namoramos e ficamos noivos! |
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Scott: Como você lida com a internet que quase invariavelmente seu nome aparece nas redes? Quando uma mentira é escrita sobre você ou sua família, como isso afeta você? Por que você acha que algumas pessoas do mundo de Elvis parecem estar em conspiração contra você? Ginger: Eu tento não ler qualquer lixo. Fiquei chocada quando alguns do "círculo íntimo" de Elvis se viraram contra mim. Eu sinceramente não sei quem gosta de quem. Quando você está nos olhos do público, isso vai junto, mas saber que certas coisas são mentiras, me deixa com raiva. Soube depois que Elvis faleceu que alguns dos rapazes tinham sido casados com outras mulheres durante o convívio com Elvis. Eu era tímida, quieta e Elvis estava sempre na casa da minha família. Um dos joalheiros de Elvis, Lowell Hayes, costumava ter uma grande história em seu site sobre como ele fez meu anel de noivado com histórias especiais e ele estava vendendo cópias do meu anel há anos. Scott: Depois de tantos anos após sua morte, por que escrever um livro agora? Por que você esperou tanto? Você teve algum receio de divulgar sua história? Ginger: Eu continuei com a minha vida e trabalho, embora durante esse tempo, houvesse mentiras e muito rumores sendo espalhados. Eu tinha que falar a verdade sobre o nosso relacionamento, mas também sabia que seria uma jornada muito emocionante e que levaria algum tempo. Eu esperei até que meu filho fosse para a faculdade, e levei dois anos para juntar tudo junto que eu tinha escrito logo depois que Elvis faleceu da minha maneira. Tinha que ser feito e eu não deixar que mentiras, boatos e contos inventados como se fosse verdade. |
Scott: Seu livro se saiu muito bem, e a maioria dos fãs de Elvis aprovaram. Você está surpreso com a reação e os números de vendas? Ginger: Obrigada e estou muito feliz pelo que me disseram: 'Agora eu entendo'. Foi um tempo muito longo. Durante muitos anos, pediram-me para escrever um livro sobre o nosso tempo juntos, por isso não fiquei muito surpreendida, mas estou muito feliz por ter sido um best-seller do New York Times! Scott: A linda foto de capa com você e Elvis foi tirada no funeral da sua avó, não é mesmo? Você se lembra quem tirou essa foto ou como surgiu? Ginger: Sim, um primo meu perguntou se poderia tirar uma foto e Elvis o autorizou. |
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Scott: Considerando todos os problemas de Elvis nos últimos anos, qual você acha que era a questão central? Algo parecia estar faltando nos últimos dois anos; o que Elvis estava precisando? Ginger: Existe uma imagem injusta de Elvis por aí. Ele estava feliz todo o tempo e eu nunca tive a sensação de que algo estava faltando em sua vida. Eu sei que ele queria se casar e ter mais filhos. Eu estava com ele e tivemos muitos bons momentos, por isso é difícil para mim responder as mentiras que existem por aí. Ele estava apenas mais tranquilo em sua vida. Scott: Você acha que ele estava feliz nos seus últimos meses? Havia alguma coisa que mostrava que ele não estava no caminho certo? Ginger: Absolutamente, Elvis estava feliz em seus últimos meses. Eu estava com ele e ele não estava deprimido nem triste. Eu escrevi sobre certas coisas onde tentei ajudar Elvis, mas no geral, ele estava geralmente de bom humor e otimista. Scott: Por que você não seguiu sua carreira de atriz ou cantora? Ginger: Não era o meu grande plano na vida, mas eu fui trabalhar e tive uma carreira por muitos anos. Parei quando tive meu filho pois queria estar com ele. Scott: Se você pudesse reviver tudo, você teria feito diferente? O que você diria aos seus 20 anos se tivesse a chance? Ginger: Para ser mais assertiva e "uma dona da casa", foi o Elvis pediu e queria que eu fosse. Eu gostaria de ter conhecido melhor os outros ao redor de Elvis e também teria feito mais perguntas para aqueles que o cercavam. |
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Scott: Como você se sente sobre os imitadores de Elvis? Ginger: Eu não tenho nenhum problema com os ETAs, desde que seus shows sejam respeitosamente feitos e eles tenham uma ótima voz e estejam fazendo o melhor para honrar Elvis e sua música. Scott: Como você se sente sobre as teorias da conspiração de sobre Elvis estae vivo? Ginger: É uma bofetada na nossa cara, no dia 16 de agosto, fomos testemunhas daquela dor. Scott: Qual a história mais ridícula que você já ouviu sobre Elvis e sobre você? Ginger: Eu não sei como inventam tantas coisas e com tanta frequência. Scott: Você é reconhecida na rua? Ginger: Não, mas eu escolhi ficar longe dos holofotes. Scott: Eu sei que suas experiências com Elvis e nos anos que se seguiram a levaram para onde você está hoje (isto é, com marido e filho) Mas, tirando-os da equação e considerando a mágoa de perder Elvis e um pouco da negatividade que tem sido jogada ao longo dos anos... se você pudesse voltar naquele tempo e tivesse a chance de dizer sim ou não para ser a namorada de Elvis, faria tudo de novo? Ginger: Absolutamente, eu diria sim de novo para compartilhar minha vida com a de Elvis! Eu não trocaria a experiência e o amor que compartilhamos por nada! Scott: Como está sua vida agora? O que o futuro reserva para o Ginger Alden? Ginger: Eu adorei ser mãe e passar o tempo com meu filho e marido. E quem sabe, talvez um dia eu escreva outro livro. Scott: Você está muito bonita! Qual é o seu segredo? Ginger: Eu agradeço muito! Use protetor solar! |
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Scott: Alguma mensagem para os fãs que estão lendo isso? Ginger: Eu gostaria de agradecer todo o amor e apoio a Elvis depois de todos esses anos. Ele ficaria muito feliz em saber como ele ainda está influenciando tantas vidas e sua música ainda está trazendo alegria e conforto para muitos. Scott: E para os inimigos? |
Ginger: Me entristece pensar que existam, mas isso é real. Eu nunca entendi como alguém poderia odiar outra pessoa que eles nem conhecem, mas sei que as mentiras estão ao redor do mundo de Elvis há muito tempo. Espero que qualquer um que tenha ouvido fofocas e boatos leia meu livro para ver a verdadeira história do meu tempo com Elvis. Eu sei que haverá alguns que não vão querer mudar de ideia ou não podem mudá-los porque coisas negativas estão enraizadas em suas mentes, mas eu espero que muitos saiam com uma melhor compreensão. Como eu digo no meu livro, é melhor tarde do que nunca. Scott: Muito obrigado por ter tido tempo para responder as perguntas, Ginger. Desejamos muitas felicidades. Ginger: Obrigado e Deus abençoe. |